Cinema: Assisti a bons filmes durante as férias de final de ano! Recomendo: "Bastardos sem Glória" (será tema em breve), "Raquel quer se casar", "Operação Valquíria" e "Tóquio".
Música: Estou surpreendido por uma banda chamada Beautiful Things. Pouco sei a respeito deles, mas fazem um Indie Rock americano bem interessante. Do Canadá, tem uma banda de apenas uma música muito legal (hahahaha! adoro este vocativo!) chamada Eisley. Outras bandas quê estou ouvindo bastante é o Agua de Annique (da Anneke van Giersbergen, ex-The Gatheing), Veruca Salt (Não é a "chicleteira" de "A fantástica fábrica de chocolate" haha) e Candie Payne (cantora francesa*?* muito talentosa). Em breve, resenha de algumas dessas e de tantas outras.
Primeiro tema a ser comentando nesse blog, durante 2010.
A rigor, o que falta na atual Tv Aberta no Brasil? Creio que a primeira coisa que virá à baila na cabeça do leitor - assim como em minha primeira ponderação -, é a falta de qualidade. Mas qual "qualidade"? Pelo prisma da quantidade de programas ruins, responderei de acordo com as palavras de Lenin: "A quantidade é uma quantidade de si mesma".
Quanto mais programas ruins, menor a qualidade da TV. O motivo de haver programas ruins são dois:
1-A quantidade de aparelhos ligados em todos horários; 2-A quantidade de anúncios que a TV quer para fazer caixa.
Usando os dois pontos supracitados, cheguei a uma conclusão - simples: Hoje, até pelo telefone celular, veem-se canais de tv em qualquer horário. Há muito mais pessoas ligadas na TV do que havia há duas décadas atrás. Inconscientemente, os canais procuram por qualquer coisa que seja satisfatória para que um anunciante pague por aquele horário. Enquanto uma dona de casa ouvia o rádio em 1991, hoje ela tem um aparelho televisor pequeno na cozinha e o deixa ligado enquanto faz as tarefas diárias. É nesse ponto que o anunciante deita e rola - ou ao contrário: É exatamente nesse ponto que o canal de TV ganha dinheiro. Tanto faz qual é a atração em um horário matutino ou vespertino: O importante para o canal de TV é vende-lo, trazendo ao público qualquer coisa. É exatamente o que donas de casa querem: Fofoca e gente famosa.
O anunciante que paga por um horário comercial em novelas está pagando simplesmente por uma grife chamada "Novela". É lamentável constatar que só tem gente bonita nas novelas. É lamentável porque o anunciante paga para esta grife estampada que apenas vende a imagem de seus artistas. Faz anos que eu não vejo novela NOVA (parei em "O Rei do Gado" e revi "Pantanal" e "Dona Beija" pelo SBT, no ano passado).
Andei me interando pelo assunto a fito de pesquisa para saber o que o anunciante paga nessa "grife". O pacotão inclui apenas nomes dos artistas em questão. O anunciante "X" paga porque a novela tem a atriz "Y" - sim: aquela bonitona. O nome da novela pouco importa. Nela, a atriz "Y" estará fazendo uma atuação de atriz "Y". Ou seja: A mesma atuação feita em outra novela. Hoje é certo dizer a novela da "atriz Y", sendo que o nome de qualquer novela não importa perante o nome da grife que vende seu artista (Globo). Se a atriz "Y" foi vilã em uma novela e é bonzinha em outra, as personagens não serão lembradas, pois são irrelevantes perante o nome daquela que a interpretou.
O anunciante "X" pagará pela quantidade de gente famosa envolvida, sem se importar pelo nome daquela produção, daquela obra. Antigamente, o anunciante Chevrolet pagava para a rede Globo em troca de pôr seu produto, o "Monza", em destaque durante a novela "Roque Santeiro", aquela do Sinhôzinho Malta, que não tem nada a ver com o Don Lázaro Venturinni ("Meu Bem, Meu Mal") ou com o Murilo Pontes ("Pedra Sobre Pedra"). Repararam? Citei, como a maioria que viu se lembraria, o nome das personagens de determinada novela, enquanto hoje se fala apenas da atriz "Y", muito bonita, que não consegue ser nada além do que uma bela mulher dentro de qualquer personagem que ela interpreta - mesmo variando entre a vilã e a boazinha, pois é isto o que VENDE a atual grife que é uma NOVELA. Todos sabemos quê as interpretações e atuações do Sr. Lima criaram personagens distintas, diferentemente do que a atriz "Y" é em todas novelas. Isto se chama a OBRA e a sua EXECUÇÃO, algo que faz parte da essência da TV.
Já tivemos muita gente talentosa na TV brasileira. Hoje, pouco é importante o talento quando se tem a beleza e a correspondente vida privada para ser debatida (Como era bacana quando pudíamos ver uma entrevista com aquela figuraça dos comerciais ou com aquele outro que nos fazia rir através de outros meios).
Não quero argumentar que a tv, em sua pura magia e entreterimento, acabou ao se render à imagem e à falta de conteúdo. Ainda há coisas interessantes em canais abertos, como o fato da Tv Cultura (sempre ela!) trazer programas do Grupo Discovery em sua grade de programação. (A tv paga tem programas, séries e documentários muito bons).
A qualidade existe - Quem vê "Caçadores de Mitos" não assiste para admirar os bigodes do Jame, né? Este programa daria certo na Rede Globo, em horário nobre? O Cléber Machado pode achar que sim, mas o Boninho pode achar que não. O mais certo é que o povo prefere ver BBB e seu bando de mulher gostosa. Talvez? (sem piada!)
Infelizmente, hoje temos à disposição produtos quê anunciam outros produtos, pois são poucas produções direcionadas ao público, ao invés de serem grife para atrair anunciantes.
Enquanto a TV brasileira se vende para apenas ser uma fonte de propagandas, ela deixa de lado a chance de se fazer por merecer que os anunciantes a paguem.
Com o advento da Internet banda larga e a popularização do Youtube, há shows, programas antigos e coisas bacanas a serem baixadas e vistas. O público pode ver o que quer, quando quiser e onde estiver - e assistirá a coisas extintas, atuais e, até mesmo, inéditas. Teóricamente, isto é bom - quando na verdade não é. Não é porque, afinal de contas, foi a própria "mãe TV" quem criou cada um desses programas assistidos na telinha do computador. Na internet, a procura por programas atuais é bem aquem dos programas antigos. Há de se lamentar pelo fim da programação de qualidade.
A falta de qualidade da TV se reflete na falta de qualidade do público. Enquanto este aumenta em sua quantidade, esta continuará a ser a qualidade de si mesma - para o mal dela mesma, a TV brasileira.
Faz tempo que não falo de música! Pois é: Muita coisa nova - sonzeira de primeira! Gostaria de recomendar algumas bandas que estou ouvindo ultimamente - chega de falar sobre assuntos revoltantes: Vamos à festa! :D
Bat for Lashes - "Two Suns"
Eu já havia ouvido esta "banda" inglesa antes, mas não dei muita atenção. Na segunda-feira, uma amiga me indicou e resolvi ouvir com mais "carinho": Gostei. O novo cd, intitulado "Two Suns", é muito bom, apesar de ser meio "climático para a foça". O destaque fica, evidentemente, para a "banda", a qual responde pelo nome de Natasha Khan. A minazinha, simplesmente, é formada em música - coisa rara no meio do rock atual! O som que ela compõe tange, especialmente, o Gothic Rock dos anos oitenta. Quem curte Joy Division, Sisters of Mercy e Siouxie and the Banshees pode adorar o som do Bat for Lashes. Muita gente aponta as semelhanças óbvias com Björk e PJ Harvey, evidentemente por conta da voz feminina. Mas, em comparações modernas, eu notei alguma coisa de Radiohead na atmosfera musical que cerca as músicas.
The Plasticines - "About Love"
Quarteto francês composto por quatro gurias. Elas fazem um típico British Rock, mas com muita influência do Indie Rock. Também lançaram um cd novo nesse ano, chamado "About Love". Resumo-o em um album bem gostoso e fácil de ouvir. O meu destaque vai além da música: a baixista Louise e a guitarrista Marianne são, simplesmente, maravilhosas. Mas não é só fisicamente: A pegada e o estilo que elas tocam são demais!
Ana Cañas - "Hein?"
A são paulina e paulistana Ana Cañas lançou seu segundo cd, intitulado apenas como "Hein?" - será que o moço devolveu, hein?
Diferente do primeiro cd, que tinha mais uma cara mpbzista, o segundo dá maior amplitude musical. Há flertes com outros estilos musicais, como o blues, e com artistas nacionais, como Skank e Nando Reis. Mas o maior destaque, evidentemente, fica pelo estilo "sacana" que a Ana canta. É muito legal. Ela não é mais uma simples promessa: Já é um dos maiores novos talentos da música brasileira.
The Sounds - "Crossing the Rubicon"
Diretamente da Suécia (Sim: A terra do Abba), esta banda mistura um Indie Rock com o Punk Rock e alguma influência dos anos oitenta, em especial o Eletro e New Age. Influências as quais se tornam mais evidentes no último cd da banda, "Crossing the Rubicon". Destaque para as apresentações e para o estilo da vocalista Maja Ivarsson.
Muse - The Resistence
Não poderia deixar de fora o último trabalho dos ingleses do Muse: The Resistence. As duas primeiras faixas são DO CARALEO! Viciantes! Extremas! FODAS! O cd está muito bom, superando com autoridade seu antecessor (Black Holes And Reflections). Está ai a prova de que o Muse é uma das melhores bandas de rock da atualidade. Não só pela competência dos caras: A criatividade musical deles é algo admirável e surpreendente, sem se perderem do estilo que os caracteriza. Que venha a turnê para o Brasil!
Que beleeeeeza: Duzentas mil pessoas, no RJ, comemorando a escolha dessa cidade como sede para os Jogos Olímpicos de 2016. Este povo não trabalha? Pior ainda: Não se preocupa com os gastos de dinheiro PÚBLICO (sim, o nosso!) com obras Super Faturadas e Orçamentos explodindo o limite tolerável para construções e prestações de serviço?
Seria eu antipatriota por não tolerar que façam MAU USO do MEU DINHEIRO? Daquele suado dinheiro que é comido em quase 40% do meu salário e de minhas compras, por conta dos altíssimos impostos?
É PATRIOTISMO vestir o "verde e amarelo" e alegar que "essas cores não fogem". Afinal, é hora de comemorar: Os jogos serão realizados no Brasil. Piu Bello!
E quando há escândalos políticos: Não seria PATRIOTISMO ir às ruas BATER PANELA? Fazer greve?
Sinceramente: Este povo deveria ir à praia e exigir que este dinheirão PÚBLICO, GASTO PARA FAZER FESTA, seja aplicado em HOSPITAIS, RUAS, SEGURANÇA PÚBLICA, EMPREGOS, ETC.
Jogos Olímpicos geram turismo. OK. Carnaval também, não é? E, durante um mês, todo dinheiro de turismo se centraliza a apenas uma cidade: Rio de Janeiro. Mas não é dinheiro PÚBLICO, FEDERAL, em jogo? E o resto do Brasil?
Se o Pan-Americano do RJ em 2007, que foi um evento 10x menor que Jogos Olímpicos, houve um superfaturamento e gastos na casa de BILHÕES DE REAIS, imaginem agora?
Este dinheiro seria suficiente para se construir 12 Hospitais de PRIMEIRO MUNDO, empregando mais de 45 mil pessoas, de forma FIXA, em todo Brasil. Deem uma olhada nessa matéria publicada no Estadão: Pan de 2007 tem furadeira mais cara do planeta
O texto, do competentíssimo jornalista Mauro Cézar Pereira, diz que a palavra “superfaturamento” aparece 59 vezes em 17 páginas.
Há muito interesse político e muita falta de interesse público para tanto dinheiro aplicado não se sabe como e onde. VERGONHA!
E o Ufanismo do brasileiro está cada vez mais virando sinônimo de patriotismo...
Assinado por um CAPITALISTA: Afinal, eu me importo por cada centavo que eu pago de impostos.
Quero um uso DIGNO e SEM DESVIO PARA RIQUEZAS ALHEIAS.
Por fim, posto trechos do "Brasil Olímpico: Uma Candidatura Passada a Limpo".
Suponho que está na hora do brasileiro CRESCER COMO CIDADÃO, e parar com esta mentalidade da idade antiga, da política do "Pão e Circo". O "leão" virou imposto, os gladiadores viraram galãs das novelas e, a arena, continua de pé - mas mudou de nome: ESTÁDIO DE FUTEBOL..................